Câncer de Rim
Câncer de Rim
Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a incidência o câncer de rim é estimada é de 7 a 10 casos por ano para cada 100 mil habitantes.
Atualmente, com a facilidade de acesso aos exames de imagem, o câncer de rim tem sido diagnosticado em fases cada vez mais precoces, sob a forma de pequenos nódulos renais, e que não causam quaisquer sintomas, apenas foram achados no exame. Entretanto, quando a doença é detectada em fases mais avançadas, pode haver o surgimento de dor em região lombar e sangramento na urina (hematúria).
Diagnóstico
O diagnostico é feito através de exame de imagem (ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética). A Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética são os melhores exames, que permitem avaliação adequada da anatomia do tumor, bem como seu tamanho, distância das estruturas vitais (artéria renal, veia renal, e sistema coletor urinário), densidade e vascularização. A biópsia da lesão na maioria das vezes não é necessária, sendo reservada somente para casos onde há dúvida diagnóstica ou suspeita de lesões metastáticas/linfoma.
Tratamento
Quando localizado, o tumor é tratado com cirurgia. Hoje investimos em técnicas que são capazes de preservar o órgão com a retirada apenas do tumor, preservando o rim remanescente, por meio de incisões cada vez menores. Isso foi possível graças ao advento das técnicas minimamente invasivas, como é o caso da cirurgia robótica.
Na técnica minimamente invasiva (laparoscópica ou robótica), são feitas pequenas incisões no abdomen, através das quais são inseridos uma câmera e as pinças cirúrgicas. A cirurgia é feita atraves destas incisões. Damos preferência hoje em dia a ténica robótica, onde a câmera e pinças robóticas são controladas pelo cirurgião através de um console. Estas pinças possuem mais flexibilidade e maior número de movimentos, com maior precisão e delicadeza.
Na técnica laparoscópica, as incisões são as mesmas, porém as pinças e a câmera são controladas pela mão humana.
A técnica aberta é utilizada em tumores muito volumosos ou em casos onde é contraindicada a cirurgia minimamente invasiva.
Cuidados pós operatórios
No pós-operatório, é orientado repouso e hidratação adequada, bem como limpeza das cicatrizes cirúrgicas.
Deve-se evitar maiores esforços físicos por 30 dias.
A sonda vesical (cateter inserido na bexiga antes da incisão, que permite avaliar o volume urinário no intra e pós-operatório) é geralmente retirada no primeiro dia após a cirurgia.
Os pontos são retirados em consultório, após 10 a 15 dias do procedimento.
O resultado da biópsia (todo o tecido removido é encaminhado para análise de médico patologista) será avaliado em consulta pós operatória, e serão dadas as devidas orientações de acompanhamento de acordo com este resultado.