Câncer de Testículo
Câncer de Testículo
O tumor de testículo corresponde a 5% do total de casos de câncer entre os homens. Tem boas taxas de cura quando detectado precocemente e apresenta baixo índice de mortalidade.
É mais comum em homens jovens e adolescentes, em idade produtiva – entre 15 e 40 anos.
O sintoma mais comum é o aparecimento de um nodulo endurecido em um dos testículos, geralmente indolor, com crescimento progressivo.
O auto-exame dos testículos é um hábito importante para o diagnóstico precoce desse tipo de câncer. Apesar de não haver protocolo determinado, a auto-avaliação deve ser estimulada e assistência médica recomendada em caso de alterações ou dúvidas.
Caso perceba alguma alteração nos testículos, procure o Urologista!
O tratamento inicial é sempre cirúrgico. Caso o nódulo seja pequeno e os marcadores tumorais sejam normais, pode-se optar por biópsia (retirada de um fragmento de tecido para ser examinado ao microscópio). Neste tipo de procedimento, o resultado do exame (biópsia de congelação) é dado ainda durante a cirurgia. Em caso positivo para câncer, o testículo é extraído de forma radical, ou seja, todo o testículo é removido junto com o cordão espermático (estrutura que sai do abdome e por dentro dela passam as artérias, veias e nervos que vão suprir o testículo. A cirurgia é feita através de uma incisão na virilha, geralmente pequena, do lado do testículo acometido. A cirurgia dura em torno de 40-60 minutos, e o paciente geralmente vai para casa no mesmo dia. A função sexual/reprodutiva pode ser prejudicada, caso o outro testículo não seja saudável.
O tratamento posterior poderá ser com quimioterapia, radioterapia ou apenas controle clínico com exames de sangue e de imagem. Estes exames são feitos no intuito de detectar a presença de linfonodos (conglomerado de células de defesa do nosso organismo – conhecido como gânglio ou “íngua”) acometidos pela doença ou metástases. Mesmo em caso de doença linfonodal ou metástases, o câncer de testículo ainda tem chance de cura. A complementação do tratamento geralmente é feita através de quimioterapia, porém em casos selecionados pode ser indicada a linfadenectomia retroperitoneal, um novo tratamento cirúrgico onde são retirados os linfonodos acometidos pela doença. Vale ressaltar que, ao contrário da orquiectomia, esta se trata de uma cirurgia complexa, com maiores riscos, morbidade e mortalidade.