Incontinência Urinária

Incontinência Urinária

Incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra. Atinge aproximadamente 5% da população mundial de todas as idades, acometendo com mais frequência mulheres e idosos. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), são 10 milhões de brasileiros com esta condição.

Os principais tipos de incontinência urinária são a incontinência urinária aos esforços e a incontinência urinária de urgência. A incontinência urinária aos esforços (IUE) é a queixa de perda urinária ao fazer esforços, como tossir, espirrar ou carregar peso. É causada pelo enfraquecimento do esfíncter urinário e dos elementos de sustentação da uretra e da bexiga. Fatores que possam enfraquecer estas estruturas tais como a múltiplas gestações (mulheres) ou cirurgias ginecológicas podem aumentar o risco. Em mulheres, a IUE corresponde a cerca de 40 a 70% dos casos de incontinência.

A incontinência urinária de urgência, também chamada de bexiga hiperativa, é a queixa de perda de urina acompanhada da sensação de urgência para urinar. A pessoa sente uma vontade repentina e incontrolável de urinar e não consegue chegar a tempo ao banheiro. Geralmente o paciente urina com grande frequência durante o dia e também durante a noite, o que pode comprometer o sono. Na maioria das vezes, não há uma causa definida, porém doenças neurológicas aumentam o risco deste tipo de problema, incluindo lesão medular, esclerose múltipla, acidente vascular cerebral e Parkinson. Além disso, homens com hiperplasia benigna da próstata (HPB) também podem evoluir com incontinência urinária de urgência. O urologista deve sempre afastar a existência de outros problemas na bexiga, tais como infecção urinária, cálculos ou tumores.

As alternativas de tratamento baseiam-se na causa da incontinência urinária e na sua gravidade. Geralmente são indicadas as medidas mais simples e com menos chances de efeitos colaterais, como mudanças comportamentais e de estilo de vida, e pode ser também indicada fisioterapia para fortalecimento da musculatura pélvica. Existem também medicamentos com ótima eficácia, notadamente para casos de incontinência de urgência e homens com HPB.

Em casos mais complexos ou que não tem boa resposta ao tratamento conservador, existe a opção de tratamento invasivo com alguns tipos de procedimentos cirúrgicos (avalia-se cada caso indivualmente para decidir qual o melhor tratamento). As cirurgias propostas na maioria das vezes são minimamente invasivas, com pequenos cortes e rápida recuperação pós-operatória.